Um terço da população global está em excesso de peso ou é obesa, revela estudo
Um estudo definiu que a obesidade se tornou uma “pandemia crescente” e uma “crise global de saúde pública” que está levando ao crescimento de diagnósticos de diabetes e doenças cardíacas em todo o mundo.
O estudo foi feito por meio de uma compilação de dados de 195 países e definiu que 2,2 bilhões de pessoas – 30% ou um terço da população mundial – está em excesso de peso ou obesidade. Com informações do Daily Mail.
O excesso de peso já contribui para uma em cada 14 mortes por qualquer causa e, de acordo com os pesquisadores, esta relação tende a aumentar. Cerca de 61% dessas mortes são associadas a pessoas classificadas como “obesas”, enquanto as 39% restantes marcadas como “em sobrepeso”.
Das 2,2 bilhões de pessoas dentro do quadro problemático, 711 são classificadas como obesas – algo que representa 10% da população global. Enquanto a obesidade é definida por um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30, o excesso de peso é identificado em um IMC superior a 25.
Os pesquisadores descobriram que o Reino Unido, por exemplo, está bem acima da média global, com 67% dos homens adultos e 57% das mulheres adultas em excesso de peso. Destes, 24% dos adultos britânicos em geral (12 milhões) são considerados obesos. Entre as crianças, 7,5% são obesas, o que caracteriza 1 milhão de indivíduos.
As taxas de obesidade mais baixas foram observadas em Bangladesh e Vietnã, que representavam apenas 1% do total. A China, por outro lado, que apontou 15,3 milhões, e a Índia, com 14,4 milhões apresentaram o maior número de crianças obesas. No caso dos adultos, o Egito teve a maior porcentagem, com 35% da população marcada como obesa, enquanto os EUA, 79,4 milhões de pessoas (33%) e a China 57,3 milhões.
Segundo o pesquisador Dr. Christopher Murray, da Universidade de Washington, nos EUA, as pessoas precisam levar o ganho de peso a sério. “As pessoas que ignoram o aumento de peso fazem isso por seu próprio risco – risco de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e outras condições que ameaçam a vida“, disse ele.“Essas resoluções de Ano Novo para perder peso devem se tornar compromissos durante todo o ano para perder e evitar o ganho de peso no futuro“, acrescentou.
As descobertas, publicadas no prestigiado periódico New England Journal of Medicine, foram feitas pelo Instituto de Metrologia da Saúde e Avaliação (IHME) da Universidade de Washington, com base em uma compilação de dados colhidos pela Organização Mundial da Saúde entre os anos de 1980 e 2015.
Os pesquisadores descobriam que as taxas de obesidade duplicaram durante este período em mais de 70 países, aumentando continuamente na maioria das outras nações.
“O excesso de peso corporal é um dos problemas de saúde pública mais desafiadores do nosso tempo, afetando quase uma a cada três pessoas”, disse o Dr. Ashkan Afshin, principal autor do estudo. “Ao longo da última década, várias intervenções foram avaliadas, mas existem poucas evidências sobre a sua eficácia a longo prazo“, concluiu.
Os resultados foram apresentados em junho no EAT Food Forum, realizado em Estocolmo, Suécia.
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