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Especialistas ensinam a falar com parceiro sobre mau hálito

Tudo vai bem com o relacionamento. Finalmente uma pessoa confiável, carinhosa, engraçada entrou em seu caminho. Mas todas essas qualidades vieram acompanhadas por um defeito: ela tem bafo.  Foto:  / Shutterstock
Tudo vai bem com o relacionamento. Finalmente uma pessoa confiável, carinhosa, engraçada entrou em seu caminho. Mas todas essas qualidades vieram acompanhadas por um defeito: ela tem bafo.
Foto: Shutterstock
Tudo vai bem com o relacionamento. Finalmente uma pessoa confiável, carinhosa, engraçada entrou em seu caminho. Mas todas essas qualidades vieram acompanhadas por um defeito: ela tem mau hálito. 
 
Por mais que o sentimento seja mais importante, às vezes pode ser difícil conviver com esse problema. “Já que o hálito não é bom, o beijo passa a ser evitado e a intimidade é afetada, e, consequentemente, o sexo também passa a não ser tão bom, e muitas vezes evitado”, diz a psicóloga Marina Vasconcellos, terapeuta de casal.
 
Para não deixar o relacionamento chegar a uma crise, é preciso conversar sobre o problema. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Halitose - ABHA -, 99% dos portadores de mau hálito disseram que queriam ter sido avisados antes.
 
Claro que a situação é delicada e exige tato. Por isso vale pegar algumas dicas para diminuir o desconforto e ajudar o seu amor. Isso também serve para amigos.
 
Entenda o problema
Apesar de o mais lógico ser pensar que a pessoa deveria fazer algo para acabar com o mau hálito, muitas vezes ela nem sabe que tem o problema. Quem sofre de halitose normalmente tem fadiga olfatória, isso quer dizer que se acostuma com o cheiro e não sente o próprio hálito. 
 
Segundo o médico Marcos Moura, presidente da ABHA, outro motivo para alertar uma pessoa sobre a halitose é saber que este pode ser um sinal de um problema mais sério de saúde. “O mau hálito pode ser uma forma de o organismo avisar problemas mais graves em outras partes do organismo, e, quanto mais cedo avisar, mais cedo poderá ir em busca de tratamento”, afirma.
 
Sinceridade
Para driblar o obstáculo a dica é ser sincero. “Geralmente aquele que é alertado para o problema procura rapidamente a solução, pois não é agradável saber que seu hálito incomoda o outro”, afirma Marina.
 
Se o dono do bafinho for seu namorado, marido ou ficante ou namorada, esposa ou ficante, talvez a abordagem possa ser feita depois de um beijo. Pergunte, como quem não quer nada, o que ele comeu, pois sentiu um gosto estranho na boca. Caso ele não entenda a insinuação, em outro dia, faça o comentário novamente, e pergunte se não é melhor marcar um horário no dentista para saber se está tudo certo. 
 
Controle de crise
Caso a notícia não seja encarada da melhor forma, falar sobre os benefícios do tratamento bucal em outros contextos da vida - como no trabalho, onde as pessoas não têm intimidade suficiente para falar sobre isso - pode ajudar. “Um parceiro é a pessoa mais indicada pra falar sobre isso, com delicadeza e mostrando interesse em ajudá-lo”, avalia a psicóloga.

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