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"Dias e dias sem almoçar": modelos contam dietas radicais que já fizeram

Para ficar com as medidas certas, modelos já ficaram dias à base só de abacaxi, sopa e até cortaram refeições inteiras

A gaúcha Ana Paula Scopel já tentou as dietas do abacaxi e da sopa. "O abacaxi dá muitas aftas e mal-estar", conta
Foto: Divulgação
Levante a mão quem nunca entrou numa dieta maluca e se arrependeu depois. Dieta da sopa, das proteínas ou simplesmente passar fome. Se pobres mulheres mortais sofrem com o desejo de emagrecer, imagine o que passam as modelos profissionais, que precisam estar com as medidas perfeitas para trabalhar. O quadril não pode ultrapassar os 89 cm e, para desfilar em passarela, o limite é ainda mais reduzido: 87 cm. Alcançar essas medidas é um desafio com muitas “pegadinhas”. Modelos brasileiras contam ao Terra o que já passaram com regimes drásticos e como conseguiram emagrecer.
“Como sempre tive pernas grossas, no início da carreira, para me manter com os quadris numa medida boa, já fiquei dias e dias sem almoçar”, conta a baiana Mariana Sant´anna. O resultado? Fraqueza e queda de pressão, além de quase desmaiar. Depois disso, Mariana optou por reeducação alimentar e hoje tem os almejados 87 cm de quadril.
Ana Kreibich, de Santa Catarina, não chegou a desmaiar, mas teve tendinite nos dois pés por causa de uma dieta extrema. Ela fez o regime das proteínas e comia apenas verduras, legumes e pouco frango. Ao mesmo tempo, caminhava em torno de três horas por dia. Com isso, ela emagreceu cerca de 10 quilos em dois meses, mas, por falta de nutrientes, ainda hoje sofre as consequências. “Não posso caminhar por mais de 30 min consecutivos ou usar salto por muito tempo”, conta.
A catarinense Bárbara Beluco também tem más lembranças da dieta das proteínas.  “E olha que só fiz por três dias”, conta Bárbara, que já venceu a eleição “The Body”  - nada mais nada menos que “o corpo”, em português. “Passei mal, fiquei enjoada, sem energia, fora o mau humor”, diz a modelo, que tem 89 cm de quadril e 60 cm de cintura.
O mau humor também tomou conta da modelo Patricia Beck, de Santa Catarina, após uma dieta de apenas líquidos por cinco dias. “Sentia fome o tempo inteiro”, conta. E mais: ela não teve o resultado que esperava – recuperou todos os quilos quando voltou a uma rotina com comidas sólidas.
Para a gaúcha Ana Paula Scopel, as piores dietas foram a do abacaxi e a da sopa. “O abacaxi dá muitas aftas e mal-estar”, conta. Mas o mal-estar da sopa não ficou atrás: “eu tomava sopa no café da manhã, almoço e jantar. Ficava com muita vontade de mastigar algo, a sopa não tinha sal, e o gosto era horrível”, diz Ana Paula, que só conseguiu emagrecer com a dieta do tipo sanguíneo e hoje mantém seus 89 cm de quadril com o regime, comendo o que gosta.
O regime que funcionou para as modelos
Bárbara Beluco reduziu – veja bem, reduziu e não cortou - a quantidade de carboidratos e gorduras que ingere todos os dias. Mas não bate uma tentação? “Sim, todos os finais de semana (risos)”, disse. “E quando estou no meu peso certo acabo comendo um chocolatinho, um cookie. Mas na segunda já recomeço a dieta”, contou.
Quando deu a entrevista ao Terra, Patricia Beck havia passado por uma loja de chocolates: “comprei um monte, eu amo!”. A modelo também gosta de cozinhar e acompanha massas e peixes que ela própria prepara com um bom vinho. Mas nada é tão simples quando se trata de pesos e medidas. O truque de Patricia Beck para não ultrapassar os 89 cm de quadril é atenção constante. “Se conseguir cuidar todos os dias um pouquinho, não vai mais precisar de dietas milagrosas”, disse.
Após ficar literalmente sem comer, Mariana Sant´anna não só tem suas refeições, mas também come frutas entre elas. Atualmente, a modelo é vegetariana e considera essa a melhor dieta. Sua lista de restrições continua grande, porém é certamente mais saudável do que ficar em jejum. Mariana cortou leite e ovo, evita farinha e toma bastante suco com mel.
Já a dica de Celia Becker é comer bem quando precisa gastar bastante energia e não ingerir carboidratos após as 18h. “Seu corpo não vai precisar dessa energia”, afirma Celia.  Mariana Sant´anna dá um incentivo para a reeducação alimentar: “para todo esforço feito nos aguarda a devida recompensa”, diz.
saude.terra

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