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Cabral e Paes são vaiados, e Dilma pede comportamento civilizado à plateia

Presidente esteve no Rio para uma cerimônia que marcou o início da operação de um terminal de GLP da Petrobras

Dilma pede calma ao público durante discurso em que Cabral e Paes foram vaiados no Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, - ambos do PMDB - voltaram a ser vaiados, nesta quarta-feira, em um evento público com a presença da presidente Dilma Rousseff. Durante cerimônia que marcou o início da operação de um terminal de GLP da Petrobras, no estaleiro Inhaúma, no Caju, zona norte do Rio, Dilma chegou a pedir que os operários que acompanhavam o evento parassem de hostilizar os políticos.
“Vou pedir que vocês tenham um comportamento civilizado e educado”, afirmou. Somente Dilma discursou na cerimônia.
Pouco antes, Dilma mencionara os nomes de Paes e Cabral. Imediatamente, os operários começaram a vaiar. Aos gritos de “Ih, fora”, os trabalhadores manifestaram o descontentamento com os governantes do Rio de Janeiro.
Dilma, ao contrário, foi bastante aplaudida, especialmente quando elencou os investimentos que estão sendo feitos na indústria naval. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi outro nome muito festejado. A presidente lembrou da política adotada por Lula, que privilegiou que as encomendas da Petrobras fossem direcionadas a estaleiros situados no Brasil.
A previsão de que os royalties oriundos da exploração do pré-sal sejam remetidos para a educação também foi exaltada por Dilma. Neste momento, ainda que de forma tímida, a presidente foi contestada por alguns operários, que cobraram mais recursos para a saúde. “E a saúde, presidenta?”, questionavam alguns. 
Depois, em rápida entrevista, Dilma foi questionada sobre os casos de espionagem envolvendo os Estados Unidos. A presidente foi diplomática e evitou polêmica. Em reunião na semana passada com o presidente Barack Obama, Dilma tinha estipulado para hoje o prazo final de explicações dos americanos sobre as denúncias de que ela havia sido espionada. “Vou esperar agora a resposta do governo. A hora que vier uma resposta, eu falo com vocês", disse.
Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.
Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.
Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.
noticias.terra

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