vc repórter: com dieta controversa, jovem de 1,50 m perde 62 kg
Uma estudante de Catanduva, no interior de São Paulo, perdeu mais da metade de seu peso em menos de três anos. Em 2011, Josie Ventorini, à época com 20 anos, ultrapassava os três dígitos ao subir na balança. Pesava 115 quilos medindo 1,50 m. Hoje, orgulha-se de seus 53 quilos.
Para a maioria dos casos de quem faz dieta, essa expressão, a de "fechar a boca", é hiperbólica. Não para o caso da estudante paulista. De janeiro de 2011 até o final de 2012, segundo garante, ela comia um bife pequeno por dia. E só. “Às vezes, quando eu sentia fome ou vontade de alguma outra coisa, eu comia uma porção de arroz ou uma salada, mas era raro", afirma
A dieta, embora controversa, deu resultados. Ao final de 2012, Josie já pesava 63 quilos. A diferença foi acompanhada pelos amigos, colegas da faculdade de biologia e pelos parentes, aqueles mesmos que clamavam pela tal "vergonha na cara". Em 2013, incluiu também exercícios físicos e quatro refeições leves por dia.
Uma amiga, que Josie preferiu não identificar, foi mais longe: disse para ela que a tinha como inspiração para perder alguns quilinhos a mais. A moça chegou a pendurar duas fotos de Josie na parede do quarto: uma de antes da perda de peso e outra de depois.
Outro hábito que adquiriu recentemente, o de fazer longas caminhadas ao ar livre, também tem servido de exemplo para amigos e parentes, que constantemente pedem para acompanhá-la, invejando o manequim que a estudante enverga no corpo esguio.
"Totalmente desaconselhável"
Segundo a nutricionista Barbada Gerbasi, da RG Nutri, a dieta realizada pela jovem é "totalmente desaconselhável" por diversos motivos. O primeiro deles seria que a quantidade calórica ingerida por ela era muito abaixo da energia necessária para manter o corpo funcionando adequadamente. Isso sem citar a falta de outros nutrientes, considerados essenciais, como os carboidratos, as vitaminas e os minerais, que participam de diversas reações no corpo, fundamentais à saúde e à vida.
Segundo a nutricionista Barbada Gerbasi, da RG Nutri, a dieta realizada pela jovem é "totalmente desaconselhável" por diversos motivos. O primeiro deles seria que a quantidade calórica ingerida por ela era muito abaixo da energia necessária para manter o corpo funcionando adequadamente. Isso sem citar a falta de outros nutrientes, considerados essenciais, como os carboidratos, as vitaminas e os minerais, que participam de diversas reações no corpo, fundamentais à saúde e à vida.
“O bife pertence ao grupo das proteínas, contém boa quantidade de vitamina B12, ferro e zinco, mas uma alimentação exclusivamente composta por este alimento é prejudicial à saúde”, explica Bárbara.
Submetendo-se à dieta, Josie esteve sujeita a desmaios, tonturas, mal estar, além de, a médio prazo, sofrer alterações em suas quantidades de vitaminas e minerais do sangue. Sem falar no desequilíbrio das funções do corpo.
“Em linhas gerais não é recomendada a exclusão de grupos alimentares, deve-se comer moderadamente alimentos fontes de carboidratos, dando preferência aos integrais; proteínas optando pelos cortes mais magros; fibras, vitaminas e minerais, presentes nas frutas, verduras e legumes”, afirma a nutricionista, que diz não acreditar que a jovem tenha se alimentado de forma tão pobre durante tanto tempo.
A internauta Josie Ventorini, de Catanduva (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra.
saude.terra
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