Imagens inéditas mostram o caminho que um verme raríssimo percorreu durante 4 anos dentro do cérebro de paciente
Apesar de ocorrer em vários países, este é o primeiro caso relatado da doença na Grã-Bretanha.
Ela provoca inflamação dos tecidos do corpo, convulsões desencadeantes, perda de memória e fortes dores de cabeça.
Com apenas 1 cm, o verme já percorreu 5 cm para o lado direito do cérebro e 5 cm para o esquerdo, em um espaço de quatro anos.
Este tipo de tênia possui nome científico Spirometra erinaceieuropaei. Ela infecta animais domésticos e também seres humanos. Quando humanos são infectados, a doença recebe o nome de esparganosis.
Sua origem se dá no Extremo Oriente. É considerada uma doença extremamente rara, pois só existiram cerca de 300 casos registrados em todo o mundo desde 1953.
Muito pouco é conhecido sobre o parasita, embora acredita-se que as pessoas possam ser acometidas por ele, acidentalmente, consumindo crustáceos minúsculos infectados em lagos, comendo carne crua de répteis e anfíbios, ou usando um tipo de sapo cru como remédio na medicina chinesa para acalmar e “curar” problemas nos olhos.
Os cirurgiões britânicos conseguiram remover o verme com sucesso, após constatarem que o espécime dentro do cérebro era “benigno”, ou seja, não produziu ovos. Se fosse um mais agressivo com forte atividade reprodutora, colocando inúmeros ovos, eles começariam a se alimentar do cérebro à medida que crescessem, o que seria fatal ao paciente.
Este verme é altamente resistente a medicamentos usados para tênia. Os médicos ainda alertaram pessoas que vão viajar para “países exóticos” terem muito cuidado com o que comem e o que bebem, pois podem estar correndo risco de contaminação.
O genes do verme foram estudados em Cambridge, para descobrir quais drogas seriam possíveis usar caso outros pacientes aparecessem contaminados.
O cirurgião Dr. Effrossyni Gkrania-Klotsas, comentou que eles são capazes de descobrir a existência do verme em exames de ressonância magnética.
Os resultados das análises genéticas do verme foram publicados na revista Genome Biology, visando agregar conhecimento com pesquisadores de todo o mundo para que identifiquem corretamente e possam usar novos tratamentos possivelmente eficazes.
Foto: Reprodução / DailyMailFonte:Jornal Ciência
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