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Cientistas desenvolvem um material quase tão escuro quanto um buraco negro. Tão escuro que o olho humano não consegue assimilar!

Puritanos, góticos, artistas de vanguarda, metaleiros e Coco Chanel perceberam algo diferente e especial em uma cor específica.

Agora, o ‘preto’, a mais enigmática das cores, ganhou um tom ainda mais sombrio e misterioso.
Uma empresa britânica produziu um material curioso, que de tão negro, absorve apenas 0.035% de incidência de luz a olho nu, estabelecendo um novo recorde mundial.
Olhar para o revestimento "super preto", feito de nanotubos de carbono -  10.000 vezes mais finos que um fio cabelo humano - é uma experiência ímpar. É tão escuro que o olho humano não consegue assimilar o que está vendo. O formato e os contornos são perdidos, deixando apenas uma mancha irreconhecível.
Para se ter uma ideia, se Coco Chanel utilizasse esse material em seus vestidos, daria a impressão que sua cabeça e membros estivessem flutuando em meio a um vazio escuro. Aplicações reais são mais funcionais, permitindo que câmeras astronômicas, telescópios e sistemas de digitalização de infravermelho funcionem de forma mais precisa e eficaz. Também existe a possibilidade da utilização para uso militar, que a Surrey NanoSystems, fabricante do material, não pretende comentar sobre.
O material de nanotubos, chamado Vantablack, tem sido ‘cultivado’ em folhas de papel de alumínio pela empresa, com sede em New Haven. Testadas em montanhas em miniatura, o resultado é intrigante. "Você espera ver as montanhas apenas cobertas com o preto. Mas é como se acrescentassem um buraco, como se não houvesse nada lá. Fica estranho ao olhar", contou Ben Jensen, diretor técnico da empresa.
Questionado sobre a possibilidade de um pequeno vestido preto, ele disse que seria "muito caro" - o custo do material é uma das coisas que ele não pôde revelar. "Você perderia todos os recursos do vestido. Seria apenas uma sombra negra", disse ele, desanimando a indústria da moda.
O Vantablack, que foi apresentado pela revista Optics Express e será lançado no Farnborough International Airshow, inclui, como usos práticos, facilidade para funções básicas de câmeras manuais, onde é necessário apontar a câmera para algo que seja o mais preto possível.
Stephen Westland, professor de ciência da cor e tecnologia na Universidade de Leeds, disse que o preto tradicional era o acúmulo de luzes e os cientistas estavam indo contra essa teoria.
"Muitas pessoas pensam que o preto é a ausência de luz. Discordo totalmente disso. A menos que você esteja olhando para um buraco negro, ninguém realmente consegue ver algo que não tenha luz", explicou. "Estes novos materiais são praticamente tão escuros quanto um buraco negro, o que o torna praticamente ausente de luz, como se imagina”, conclui Westland.
                                                             Foto: Divulgação/Fonte:Jornal Ciência

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