É possível dirigir rápido o suficiente para não ser pego por um radar no trânsito?
As pessoas encontram várias formas hoje de burlar o sistema de monitoramento da velocidade em cidades pelo Brasil.
Esse efeito se aplica também a ondas luminosas e, quando mudamos a frequência delas, é possível conseguir uma mudança de cor. Com isso, é possível fazer um “desvio vermelho”, em que a frequência do objeto é literalmente deslocada para a extremidade vermelha do espectro de cores.
Seria mais fácil se todos obedecessem ao limite de velocidade, mas isso nem sempre é cumprido.
Entretanto, segundo uma equipe de estudantes de física da Universidade de Leicester, na Inglaterra, existe uma maneira, pelo menos teórica, de burlar a fiscalização e evitar uma futura multa. Para chegar a um valor aproximado, eles realizaram vários cálculos baseados em teorias e leis da física, apresentando-as como trabalho de conclusão de curso.
Eles usaram os princípios do Efeito Doppler, que consiste no fato de que frequências de luz ou ondas de som que saem de um objeto podem aumentar ou diminuir dependendo do referencial do qual ele se afasta ou se aproxima.
Quanto mais rápido o deslocamento, maior será a mudança. Consequentemente, o carro que fosse capaz de deslocar a frequência da luz da placa de seu carro para uma faixa de frequência indetectável pelos radares, teoricamente, escaparia de uma multa. Para isso, ele teria de superar uma frequência de 400 terahertz, que é o que o radar consegue detectar, e teria de estar a uma velocidade de 191 milhões de quilômetros por hora, ou seja, um sexto da velocidade da luz.
“Eu gostaria de pensar que, no futuro, quando pudermos viajar entre as estrelas, radares intergalácticos precisem procurar naves invisíveis também”, afirma um dos estudantes.
“O Efeito Doppler é algo que a maioria das pessoas aprende em Física, mas pensamos que seria legal observar os efeitos que ele tem na rotina de todos nós. Justamente pelo fato do cálculo mostrar uma velocidade impossível, ele deixa uma mensagem bem clara aos motoristas: é inútil tentar usar esse método para evitar uma multa”, consideram eles.
Foto: Divulgação
Fonte:Jornal Ciência
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