Médicos do século XVIII culpam o chocolate por histeria feminina
Para médicos do século XVIII, comer muito chocolate foi considerada a causa de uma onda de histeria que atingiu as mulheres, informou o jornal Daily Mail.
No século XVIII, o chocolate era consumido quente ou frio tanto para o lazer quanto para fins medicinais.
Um artigo de um médico do século XVIII, Dr. Josi Ignacio Bartolache, documentou os efeitos que eles acreditavam que o chocolate tinha. Segundo ele, especialmente as freiras, que tinham mais dinheiro e consumiam grandes quantidades do doce, experimentavam com maior frequência os supostos ataques de histeria.
Ele escreveu que, por causa disso, foi proibido o consumo do chocolate nos aposentos e as religiosas só podiam comer quando estivessem em grupos. Depois da restrição, o consumo do doce caiu, mas os efeitos não foram os esperados, mas foi observado justamente o contrário, que os supostos ataques aumentaram. "Foi a redução do consumo desta substância afrodisíaca a responsável pelos ataques histéricos que supostamente as afligiam?", questina a professora Ordorika.
Os estudiosos afirmam ainda que o estudo da histeria sempre foi um tema polêmico na medicina e em outras frentes de estudo e que, muitas vezes, foi usada durante séculos para justificar a inferioridade feminina. E, o chocolate, foi mais um artigo que aumentou estas teorias.
"A representação da histeria foi uma declaração moral da fragilidade do corpo feminino e da instabilidade da mente, emoções e das atitudes das mulheres. E, neste caso particular, estas quedas e demonstrações de instabilidade se tornavam públicas na imensa afeição pelo chocolate, hábito que iria levar muitas delas a problemas de saúde. Assim, as mulheres que já recebiam muitos regulamentos, passaram a ter justificativas médicas para a redução de alguns privilégios, como o consumo do doce", afirma a estudiosa.
saude.terra
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