Atílio, de 'Amor à Vida', faz hipnose; especialista nega mitos sobre prática
O personagem de Luis Melo na novela das 21h usa a técnica para recuperar a memória depois de um episódio traumático
Recentemente, o personagem Atílio, interpretado pelo ator Luis Melo na novelaAmor à Vida, passou por sessões de hipnose para recuperar a memória depois de ter sofrido um acidente de carro na trama. Na vida real, a hipnose também é usada como um eficiente aliado em tratamentos terapêuticos. “A hipnose em relação aos tratamentos psicológicos é considerada uma técnica rápida, uma terapia breve”, explica Miriam Farias, psicóloga e pós-graduada em hipnose clínica e acupuntura.
Aplicações
Mas é nos consultórios de psicólogos que a hipnose tem mais espaço dentro das áreas da saúde. Ela funciona como uma aliada junto com a terapia nos tratamentos de diversas enfermidades, como alterações de comportamento alimentar (bulimia, anorexia e obesidade), disfunções sexuais, impulsos e vícios (compras, internet, jogos), dependências químicas (bebida, cigarro, drogas), transtornos de ansiedade, fobias, pânico, estresse pós-traumático, baixa autoestima, compulsões, depressão, transtorno de sono, tratamento da TPM, controle de sangramentos e queimaduras, problemas de fala, melhorias na concentração e memória e até mesmo preparação para provas e entrevistas de emprego.
Mas é nos consultórios de psicólogos que a hipnose tem mais espaço dentro das áreas da saúde. Ela funciona como uma aliada junto com a terapia nos tratamentos de diversas enfermidades, como alterações de comportamento alimentar (bulimia, anorexia e obesidade), disfunções sexuais, impulsos e vícios (compras, internet, jogos), dependências químicas (bebida, cigarro, drogas), transtornos de ansiedade, fobias, pânico, estresse pós-traumático, baixa autoestima, compulsões, depressão, transtorno de sono, tratamento da TPM, controle de sangramentos e queimaduras, problemas de fala, melhorias na concentração e memória e até mesmo preparação para provas e entrevistas de emprego.
“Hipnose é um estado profundo de relaxamento, no qual a pessoa fica em estado alterado de consciência. O ego fica rebaixado e, nesse momento, o conteúdo mais eficiente, aquele conteúdo reprimido, vem à tona. Aquilo que as pessoas não têm acesso conscientemente aparece”, explica Denise Ramos.
Como funciona
Geralmente as sessões são feitas uma vez por semana, como qualquer consulta convencional em um terapeuta, que duram entre 45 e 50 minutos. Depois de uma conversa sobre as necessidades e problemas da pessoa, o terapeuta devidamente treinado introduz o paciente ao estado hipnótico. “Quando a pessoa concentra a atenção com um foco e descarta os assuntos periféricos, automaticamente ela entra em estado de hipnose. Logo, entramos em hipnose várias vezes por dia. Por exemplo, quando lemos um livro ou assistimos a um programa na TV, estamos completamente concentrados em uma atividade. No consultório, o que fazemos é aprofundar este transe e diminuir a frequência cerebral”, explica Miriam Farias.
Geralmente as sessões são feitas uma vez por semana, como qualquer consulta convencional em um terapeuta, que duram entre 45 e 50 minutos. Depois de uma conversa sobre as necessidades e problemas da pessoa, o terapeuta devidamente treinado introduz o paciente ao estado hipnótico. “Quando a pessoa concentra a atenção com um foco e descarta os assuntos periféricos, automaticamente ela entra em estado de hipnose. Logo, entramos em hipnose várias vezes por dia. Por exemplo, quando lemos um livro ou assistimos a um programa na TV, estamos completamente concentrados em uma atividade. No consultório, o que fazemos é aprofundar este transe e diminuir a frequência cerebral”, explica Miriam Farias.
Depois de avaliar qual a melhor prática para cada paciente, o especialista começa a hipnose através de impulsos externos, como a voz, a luz, o estalar dos dedos, uma música, e também o pêndulo, que funciona um estímulo visual. A partir daí, o hipnólogo conduz o paciente da melhor forma para conseguir o resultado esperado. Ele repete frases e palavras que mantêm o paciente em estado de relaxamento por algum tempo e, depois, com os mesmos impulsos, tira a pessoa do transe ao fim da sessão.
A advogada carioca Talita Moraes usou a hipnose como tratamento por três meses e meio para ajudar na preparação durante as duas fases das provas da OAB (Organização dos Advogados do Brasil), exame obrigatório para graduados em Direito. “Eu era uma pessoa bem ansiosa mesmo, todas as provas que eu fiz, na véspera, me sentia mal, sempre chorava muito com medo do teste, tinha dificuldade de me concentrar, de sentar e de ler alguma coisa. Depois do tratamento, tudo isso mudou, tudo mesmo. Agora consigo sentar e focar naquilo que estou lendo e, principalmente, sinto menos ansiedade. Nas duas provas que fiz, eu fui muito tranquila, não fiquei me sentindo mal, dormi bem a noite toda”, contou ao Terra.
Ninguém fica em transe para sempre. Isso é fantasia.
Miriam FariasPsicóloga e pós-graduada em hipnose clínica e acupuntura
Métodos
Para controle da ansiedade e de outras doenças psicológicas, a hipnose tem algumas correntes de tratamento. A psicoterapeuta Denise Ramos tem como base a busca por uma força interior que deve ser usada para encontrar soluções para problemas e traumas. “Mesmo que a pessoa não lembre o que aconteceu, você vai acessar lugares onde ela é forte e vai ensinando-a a vencer os obstáculos e superar os medos usando essa força . É importante achar o lugar onde a pessoa é forte porque todos nós temos um espaço de força e poder”, explica. Assim, em um estado de completo relaxamento, a pessoa é guiada para fontes de imaginação e força, podendo encontrar soluções para problemas antigos e também maneiras individuais de superar traumas, fobias e dependências.
Além da busca pela força interior, o tratamento da ansiedade, da depressão e do estresse pós-traumático são os motivos pelos quais os pacientes mais procuram a hipnose e, nestas situações, a regressão pode também ser uma possibilidade dentro do leque de opções de tratamento. A regressão recupera os motivos e as razões do passado que fizeram com que a pessoa desenvolvesse fobia ou depressão posteriormente e, conhecendo o verdadeiro causador da doença, o psicólogo vai trabalhar uma maneira de superar o trauma. “Para cada paciente é aplicada uma regra especifica. A regressão é uma delas e leva a pessoa por memórias que vão até o útero materno, mas não tem nada haver com vidas passadas. A hipnose é uma prática médica e a ciência não dá conta de vidas passadas”, argumenta Miriam Farias, desmistificando a ligação entre a hipnose e religiosidade, um dos grandes mitos que ronda a prática.
Para controle da ansiedade e de outras doenças psicológicas, a hipnose tem algumas correntes de tratamento. A psicoterapeuta Denise Ramos tem como base a busca por uma força interior que deve ser usada para encontrar soluções para problemas e traumas. “Mesmo que a pessoa não lembre o que aconteceu, você vai acessar lugares onde ela é forte e vai ensinando-a a vencer os obstáculos e superar os medos usando essa força . É importante achar o lugar onde a pessoa é forte porque todos nós temos um espaço de força e poder”, explica. Assim, em um estado de completo relaxamento, a pessoa é guiada para fontes de imaginação e força, podendo encontrar soluções para problemas antigos e também maneiras individuais de superar traumas, fobias e dependências.
Além da busca pela força interior, o tratamento da ansiedade, da depressão e do estresse pós-traumático são os motivos pelos quais os pacientes mais procuram a hipnose e, nestas situações, a regressão pode também ser uma possibilidade dentro do leque de opções de tratamento. A regressão recupera os motivos e as razões do passado que fizeram com que a pessoa desenvolvesse fobia ou depressão posteriormente e, conhecendo o verdadeiro causador da doença, o psicólogo vai trabalhar uma maneira de superar o trauma. “Para cada paciente é aplicada uma regra especifica. A regressão é uma delas e leva a pessoa por memórias que vão até o útero materno, mas não tem nada haver com vidas passadas. A hipnose é uma prática médica e a ciência não dá conta de vidas passadas”, argumenta Miriam Farias, desmistificando a ligação entre a hipnose e religiosidade, um dos grandes mitos que ronda a prática.
Mitos e verdades
E é por conta de muitos destes mitos que a hipnose não é uma prática médica muito popular. Entre eles, estão a ideia de que a pessoa corre o risco de nunca mais sair do transe, de ser manipulada, de dormir para sempre e de perder a consciência. “A pessoa não vai fazer nada que contrarie o que ela acha correto, ela não perde o domínio completo de si mesmo durante a hipnose, isso é coisa de filme. Ela não vai falar coisas que são segredos, por exemplo. E jamais não vai conseguir voltar, isso é fantasia”, afirma Denise Ramos. “Ninguém fica em transe para sempre”, complementa Miriam Farias.
E é por conta de muitos destes mitos que a hipnose não é uma prática médica muito popular. Entre eles, estão a ideia de que a pessoa corre o risco de nunca mais sair do transe, de ser manipulada, de dormir para sempre e de perder a consciência. “A pessoa não vai fazer nada que contrarie o que ela acha correto, ela não perde o domínio completo de si mesmo durante a hipnose, isso é coisa de filme. Ela não vai falar coisas que são segredos, por exemplo. E jamais não vai conseguir voltar, isso é fantasia”, afirma Denise Ramos. “Ninguém fica em transe para sempre”, complementa Miriam Farias.
Adepta da prática, Talita Moraes confirma que esteve consciente durante todas as sessões de hipnose que realizou. “Eu não conversava durante o procedimento, só a psicóloga que falava. Acredito que só uma vez ela me fez uma pergunta. Lembro que ela falava comigo para mexer os pés, as mãos, para contrair os músculos. Eu ouvi tudo que ela disse durante todo o tratamento. Não foi um procedimento no qual eu ficava fora de mim completamente, tudo o que ela falou eu sempre escutei”, comenta Talita.
Contraindicações
Para cada paciente é utilizado um tipo de técnica, por isso é extremamente importante escolher muito bem um profissional devidamente qualificado para o tratamento. Há pacientes que são suscetíveis à hipnose e registram melhora no quadro com bastante rapidez, enquanto há pessoas que são menos vulneráveis e ainda as que não são. “A hipnose serve para alguns pacientes, não para todos, assim como qualquer remédio. Quando ela é indicada, tem resultados bastante benéficos”, afirma Denise Ramos.
Para cada paciente é utilizado um tipo de técnica, por isso é extremamente importante escolher muito bem um profissional devidamente qualificado para o tratamento. Há pacientes que são suscetíveis à hipnose e registram melhora no quadro com bastante rapidez, enquanto há pessoas que são menos vulneráveis e ainda as que não são. “A hipnose serve para alguns pacientes, não para todos, assim como qualquer remédio. Quando ela é indicada, tem resultados bastante benéficos”, afirma Denise Ramos.
A hipnose pode ser feita em qualquer pessoa, até nas crianças acima de cinco anos, mas em alguns casos, a técnica não é recomendada. Pacientes psicóticos (esquizofrênicos e bipolares) e em tratamentos neurológico (Mal de Alzheimer e Parkinson) são alguns destes casos, por isso recomenda-se consultas psicológicas antes de realizar qualquer sessão de hipnose.
saude.terra
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