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Jovem taxidermista causa polêmica por comer a carne dos animais que manuseia

A taxidermista britânica Elle Kaye, de 22 anos, está causando certa polêmica na comunidade dos profissionais da área.

Ela possui o hábito de consumir a carne dos animais que usa em sua arte, que consiste em ‘montar animais’ sem vida para exposição, mantendo sua aparência externa intacta. Kaye utiliza, principalmente, os animais que morreram atropelados ou por causas naturais, e tenta aproveitar o máximo possível deles para o consumo próprio.
A atraente jovem, que estudou arte na Universidade de Loughborough, disse que decidiu comer seus ‘objetos de trabalho’ porque queria reciclar e minimizar o desperdício. "Para mim, é uma opção de vida", diz ela."Fazendo o que eu faço, garanto a reciclagem de um animal morto.
Como uma consumidora de carne, não há lógica desperdiçar carnes perfeitamente comestíveis. É importante para mim, porque condiz com o conceito sustentável da taxidermia, e isso significa que eu faço justiça com o animal na reciclagem de tudo isso", comentou Kaye.
Dentre os animais que Elle trabalha, estão coelhos, esquilos, veados, e aves como faisões e pombos - todos eles fazem parte tanto de sua bancada de trabalho, quanto de seu menu. Ela é um taxidermista brilhante. Seus desenhos são incrivelmente únicos e sua especialidade são enfeites para peças de moda à base de aves, como o pavão.
Infelizmente, o trabalho de Kaye é sombreado por seus hábitos alimentares incomuns, que a maioria das pessoas acham perturbador. Ela tornou-se alvo de abusos e ameaças online, com pessoas dizendo-lhe para “ir para o inferno” ou que eles vão “cortá-la”. Elle, porém, permanece irredutível por esses comentários.
"Eu costumava me importar. Agora eu não ligo mais. Tem que pensar como artista. As pessoas são muito subjetivas. Eu tenho a sorte de ter muitas pessoas ao meu redor que apoiam o que eu faço, o que ajudou a me dar a confiança necessária para me destacar no que faço e me esforçar. Já dei aulas para ativistas de direitos animais, veganos, veterinários e amantes dos animais, e todos eles elogiaram muito os passos que tomamos para garantir a preservação mais virtuosa e humana possível", relatou Kaye.
Elle também aponta que ela é extremamente ética, e que ela nunca vai prejudicar um animal com a finalidade de seu trabalho. "Eu tenho muitas conexões com os agricultores e avicultores de todo o país. Eu não tenho nenhuma intervenção na maneira que estes animais são controlados, e sou simplesmente um veículo de eliminação alternativa para seus proprietários e criadores”, disse.
Ela disse que também se orgulha de trabalhar com animais atropelados, ou animais que encontra mortos em áreas arborizadas onde ela mora. "Eu mantenho uma trilha de papel para registrar as propriedades de todos os animais que eu acho, e adquirir todas as licenças necessárias, quando preciso".
A paixão de Elle pela taxidermia provém de seu interesse em biologia, ciência e conservação animal. "A profissão me permite experimentar o fascínio da biologia animal, ao mesmo tempo que me fornece a oportunidade de preservar animais para estudo educacional. Dar nova vida a animais é um imenso privilégio para mim”, finalizou a Elle
                                                                        Foto: Divulgação
                                                                         Fonte:Jornal Ciência

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