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Com ataque à sede da prefeitura, São Paulo vive dia mais violento de onda de manifestações

Sexto ato contra aumento da tarifa de ônibus reuniu cerca de 50 mil pessoas nesta terça-feira




Sexto ato foi marcado por vandalismo e confrontos no centro de SPEduardo Enomoto/R7

Um dia após manifestação história na cidade de São Paulo reunir mais de 100 mil pessoas nas ruas da cidade, o sexto ato contra o aumento da tarifa de ônibus na capital paulista, ocorrido nesta terça-feira (18), foi o mais violento de todas as manifestações. Com início pacífico, milhares de pessoas se reuniram na praça da Sé por volta das 17h. No entanto, os tumultos começaram quando uma parte do grupo caminhou para a sede da prefeitura antes da definição oficial do trajeto que a passeata faria.
Em pouco tempo, o prédio da prefeitura, no viaduto do Chá, na região central, foi cercado. Um grupo de pessoas queimou um boneco com o rosto do prefeito Fernando Haddad e, na sequencia, parte dos manifestantes derrubou a grade que dava acesso ao pátio da prefeitura e invadiu o local. Com pedras, eles quebraram vidros das cinco grandes vidraças da frente do prédio. Enquanto isso, outros participantes gritavam "sem vandalismo, sem violência". A parede da sede do governo municipal também foi pichada. Uma das mensagens era "3,20 não".
A Polícia Militar usou spray de pimenta e gás lacrimogênio para conter a manifestação e impediram que o prédio fosse invadido. A confusão na região continuou e manifestantes arrancaram a bandeira da cidade de São Paulo do mastro da prefeitura e tentaram atear fogo. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Fernando Haddad (PT) deixou o edifício por volta das 17h30 para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, em São Paulo, e foi orientado a não voltar ao prédio.
Além do grupo concentrado nos arredores do viaduto do Chá, uma parte dos manifestantes seguiu para o parque Dom Pedro 2º e tentou invadir o local, mas foram impedidos por outros participantes do protesto. A briga e o conflito entre os próprios manifestantes foram constantes durante todo o tumulto na região central. A confusão  continuou durante a noite desta terça-feira (18).
Houve diversos registros de vandalismo, depredação de agências bancárias, saques a lojas do centro, prisão de ao menos 15 pessoas por tentativa de saque a estabelecimentos e um carro de reportagem da Record foi depredadoe queimado. A Tropa de Choque foi acionada para controlar a situação.
No começo da madrugada desta quarta-feira (19), foram registrados casos de depredação e incêndio em um restaurante da rua Augusta e em uma loja da rua da Consolação, na região da avenida Paulista.

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