Teste previne língua presa e garante boa amamentação
Até 16% da população tem a língua presa, problema que pode ser diagnosticado nos primeiros dias de vida e corrigido com cirurgia
O teste da lingüinha é um procedimento feito nas maternidades para verificar se a criança tem língua presa muito antes de falar a primeira palavra. Esse problema bucal é uma alteração congênita com incidência de 10% a 16% na população.
Ainda na maternidade, são verificadas duas alterações que caracterizam a língua presa. Uma é quando o frênulo – membrana que liga a língua ao assoalho da boca –, popularmente conhecido como freio, não está no lugar certo (muito perto da ponta da língua) e a outra é quando ele é muito curto e grosso. "No primeiro caso, basta soltar um pouco da membrana com uma tesoura (frenotomia). No segundo, é necessária uma micro-cirurgia bem simples”, disse Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Para Cássio Alencar, professor de cirurgia em Odontopediatra da Faculdade de Odontologia da USP, a importância desse teste vai além da facilitação futura da fala. “Ele previne que a criança tenha dificuldades de sugar e engolir, o que atrapalha a amamentação. Bebês com língua presa acabam fazendo muita força para mamar e gastando muita energia, o que leva à dificuldade de ganhar peso e ao risco de machucar a mãe”, diz.
Por enquanto apenas o teste da lingüinha é obrigatório nas maternidades. “De acordo com o texto original do projeto, caberia ao estabelecimento de saúde realizar a cirurgia de correção do problema assim que fosse feito o diagnóstico. O artigo, no entanto, foi retirado e permaneceu apenas o teste da linguinha. Sancionado pela Presidente em 20 de junho deste ano, as maternidades e hospitais têm 180 dias para se adaptar e realizar o teste”, disse Alencar.
Problemas e tratamento para a língua presa
As pessoas que não passaram pelo teste e pela cirurgia de correção do frênulo ainda bebês podem fazer o procedimento em qualquer fase da vida. “Uma forma de observar se seu filho tem língua presa é pedir para a criança colocar a ponta da língua no último dente do fundo e correr de um lado pro outro. Se ela apresentar dificuldades, é melhor procurar um dentista”, disse Cássio.
“Depois de corrigido o frênulo (feito por um dentista), entramos com exercícios para acertar o que mais incomoda. A fala é sempre a mais prejudicada (troca de fonemas), mas tem até pré-adolescentes que chegam aqui porque não conseguem beijar de língua”, diz a fonoaudióloga.
Segundo Irene, o resultado é 100% satisfatório para quase todos os casos, menos para a fala. “A fala é um hábito motor muito difícil de mudar. Quanto mais tempo demorar em corrigir, mais longe da fala perfeita ficamos”.
Outro problema causado pela língua presa é a sua posição de repouso que acaba sendo feita de forma errada. “Isso pode atrapalhar a respiração e, consequentemente, o crescimento e desenvolvimento da face”, afirma o dentista. Também devido à limitação de movimentos, a língua presa não exerce a função de autolimpeza chamada de autóclise, fazendo com que a criança tenha um acúmulo de placa em maior quantidade na parte de dentro dos dentes.
Foto: CEFAC / Divulgação
Fonte:Terra
O teste da lingüinha é um procedimento feito nas maternidades para verificar se a criança tem língua presa muito antes de falar a primeira palavra. Esse problema bucal é uma alteração congênita com incidência de 10% a 16% na população.
Ainda na maternidade, são verificadas duas alterações que caracterizam a língua presa. Uma é quando o frênulo – membrana que liga a língua ao assoalho da boca –, popularmente conhecido como freio, não está no lugar certo (muito perto da ponta da língua) e a outra é quando ele é muito curto e grosso. "No primeiro caso, basta soltar um pouco da membrana com uma tesoura (frenotomia). No segundo, é necessária uma micro-cirurgia bem simples”, disse Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Para Cássio Alencar, professor de cirurgia em Odontopediatra da Faculdade de Odontologia da USP, a importância desse teste vai além da facilitação futura da fala. “Ele previne que a criança tenha dificuldades de sugar e engolir, o que atrapalha a amamentação. Bebês com língua presa acabam fazendo muita força para mamar e gastando muita energia, o que leva à dificuldade de ganhar peso e ao risco de machucar a mãe”, diz.
Por enquanto apenas o teste da lingüinha é obrigatório nas maternidades. “De acordo com o texto original do projeto, caberia ao estabelecimento de saúde realizar a cirurgia de correção do problema assim que fosse feito o diagnóstico. O artigo, no entanto, foi retirado e permaneceu apenas o teste da linguinha. Sancionado pela Presidente em 20 de junho deste ano, as maternidades e hospitais têm 180 dias para se adaptar e realizar o teste”, disse Alencar.
Problemas e tratamento para a língua presa
As pessoas que não passaram pelo teste e pela cirurgia de correção do frênulo ainda bebês podem fazer o procedimento em qualquer fase da vida. “Uma forma de observar se seu filho tem língua presa é pedir para a criança colocar a ponta da língua no último dente do fundo e correr de um lado pro outro. Se ela apresentar dificuldades, é melhor procurar um dentista”, disse Cássio.
“Depois de corrigido o frênulo (feito por um dentista), entramos com exercícios para acertar o que mais incomoda. A fala é sempre a mais prejudicada (troca de fonemas), mas tem até pré-adolescentes que chegam aqui porque não conseguem beijar de língua”, diz a fonoaudióloga.
Segundo Irene, o resultado é 100% satisfatório para quase todos os casos, menos para a fala. “A fala é um hábito motor muito difícil de mudar. Quanto mais tempo demorar em corrigir, mais longe da fala perfeita ficamos”.
Outro problema causado pela língua presa é a sua posição de repouso que acaba sendo feita de forma errada. “Isso pode atrapalhar a respiração e, consequentemente, o crescimento e desenvolvimento da face”, afirma o dentista. Também devido à limitação de movimentos, a língua presa não exerce a função de autolimpeza chamada de autóclise, fazendo com que a criança tenha um acúmulo de placa em maior quantidade na parte de dentro dos dentes.
Foto: CEFAC / Divulgação
Fonte:Terra
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