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Estudo liga má qualidade do sono e alterações de humor à obesidade

Três a cada quatro participantes obesos estudados relataram sono de má qualidade, com uma média de 6h20 dormida por noite


Pessoas com obesidade grave que não dormem bem estão mais propensas a experimentar distúrbios de humor e a ter uma qualidade de vida inferior, de acordo com um novo estudo publicado no jornal Sleep. As informações são do site do Huffington Post.
Um time de pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido analisaram problemas relacionados ao sono, à qualidade de vida e ao humor de 270 pessoas gravemente obesas – com índice 47 de massa corporal – com idade média de 43 anos.
Três a cada quatro participantes estudados relataram sono de má qualidade, com uma média de
6h20 dormida por noite. Cerca de metade dos participantes sofria de ansiedade, e 43% deles estavam deprimidos.
Os pesquisadores levaram em conta outros fatores em potencial, como diabetes, apneia do sono, idade e sexo, e encontraram uma associação entre sono de má qualidade e altos níveis de sonolência durante o dia; além da baixa qualidade de vida e distúrbios do humor.
Os especialistas sugerem que os médicos passem a perguntar para seus pacientes gravemente obesos sobre a qualidade do sono, uma vez que o problema está associado à saúde mental. “Apesar dos altos níveis de problemas nesses pacientes, os envolvidos com os seus cuidados não costumam perguntar sobre o sono e muitas vezes dão pouca atenção aos problemas psicológicos subjacentes à obesidade”, afirmou Neil Thomas, da University of Birmingham.
Ele acrescenta que o foco dos tratamentos para este público geralmente está voltado às dietas ou exercícios físicos, quando o certo seria abordar as suas causas, “que podem ser de natureza psicológica, como um casamento infeliz ou estresse no trabalho”, analisa.
O sono de má qualidade pode, inclusive, aumentar o risco de obesidade, conforme afirmam diversos estudos. Um estudo publicado no American Journal of Human Biology mostrou que o fato de não dormir o suficiente também pode estar associado ao aumento da pressão sanguínea, afetar o metabolismo e trazer problemas com o controle do apetite. 
                                                                           Foto: Getty Images
                                                                                    saude.terra

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